terça-feira, 7 de julho de 2009

Tecnologia ambiental


EATON DESENVOLVE
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O AFTERTREATMENT

Antonio Ferro

Um sistema de tratamento de gases de combustão sem a necessidade de reservatório ou então infra-estrutura para abastecimento da uréia, capaz de atender a norma Euro 5. É o que a Eaton está desenvolvendo. Essa tecnologia, idealizada para os mais rígidos requisitos de emissões veiculares, recebe o nome Eaton Aftertreatment System e pode ser disponível a ônibus e a qualquer marca produtora de veículos comerciais. Segundo a Eaton, testes efetuados comprovaram a redução de emissões poluentes em mais de 80% em diversas aplicações e sob temperaturas adversas, utilizando-se combustível com conteúdo de enxofre de até 15ppm. O novo sistema combina um dosador de combustível, um reformador de combustível, um acumulador de óxido de nitrogênio (NOx), um filtro para partículas sólidas (DFP – Diesel Particulate Filter) e um catalisador para a redução seletiva (SCR – Selective Catalytic Reduction), todos em série, promovendo a eliminação de NOx e material particulado dos gases de escape. Enquanto a maioria dos sistemas SCR utiliza a uréia como fonte de obtenção de amônia, necessária para catalisar o NOx, o sistema Eaton de tratamento de gases gera naturalmente a amônia para esse processo. “O EAS (Eaton Aftertreatment System) encontra-se em fase de desenvolvimento e está previsto para entrar em produção normal em 2012. Antes dessa data podem ser iniciadas as atividades de desenvolvimento da aplicação do produto, com fabricantes de veículos ou motores interessados na utilização do mesmo”, disse Wilson Marques Júnior, gerente de Engenharia de Produto da Eaton Corporation.



Mas a tecnologia deve demorar a chegar ao Brasil, pois o nível de qualidade do diesel utilizado no transporte está aquém do necessário. Como apenas as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro dispõem de um combustível mais limpo, o diesel S50, para suas frotas de ônibus urbanos, o uso desse conceito pode não apresentar um resultado operacional tão favorável, com aumento no consumo de diesel e na diminuição da vida útil do equipamento. “Não foram realizados testes específicos com o diesel S50. Segundo os engenheiros da Eaton, na apresentação às montadoras, os níveis de redução na poluição não seriam afetados. Entretanto, o S50 causaria uma freqüência maior nas operações de regeneração no Acumulador de NOx (LNT), no Filtro de Partículas Sólidas (DPF) e no Catalisador de Redução Seletiva (SCR), resultando em uma redução na vida destes componentes e um consumo maior de diesel, visto que o sistema utiliza injeção de combustível (diesel) para a regeneração destes componentes”, revelou Wilson Marques. A Eaton atesta que já são mais de 7 anos no desenvolvimento da tecnologia e que o acréscimo ao custo final do veículo é da mesma ordem que os valores causados pelos sistemas que utilizam uréia.
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Características do Eaton Aftertreatment System
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A inovadora tecnologia de dosagem de combustível (Fuel Dosing Technology) aplicada na regeneração catalítica ativa é resultado de vários anos de pesquisa e desenvolvimento de um sistema de pós-tratamento não dependente de uréia. Algumas características deste sistema são:

- Injeção de combustível de alta precisão com câmera de controle de pressão, resultado em um desempenho confiável com uma excelente relação custo-benefício.
- Vaporização eficiente do combustível, encurtamento o tempo de mistura e reduzindo o consumo.
- Utiliza como meio de refrigeração o próprio combustível injetado, o diesel. Não requer conexões adicionais ao sistema de refrigeração do motor.
- Refrigeração adequada para evitar a queima do bocal ou entupimento do injetor.
- Pode ser adaptado às necessidades específicas de cada aplicação.
- Testes de campo em andamento com alguns clientes nos EUA, China e Japão.
- A aplicação do sistema ao veículo/motor é feita em parceria com a montadora/fabricante, sendo o mesmo incorporado ao veículo na fase de fabricação.
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Fonte - Eaton

Um comentário:

  1. A letargia no controle do índice de enxofre está nos custando caro. Pelo que vi, esse sistema pode, com alguns estudos, servir também para motores a álcool.

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