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Entre as particularidades do projeto europeu, está o uso de supercapacitores* para o armazenamento da energia elétrica provinda das células a combustível nas unidades que rodarão em Amsterdam e para os veículos de Colônia, a opção foi por utilizar um banco com baterias (provavelmente pelas de Lítio). Em comum, os novos Phileas já utilizarão uma nova geração de células a combustível (produzidas pela marca holandesa Nedstack Fuel Cell Technology BV), com consumo de energia 50% mais baixo que a versão anterior. O Phileas “zero emissão” foi selecionado para os sistemas de transporte público das duas cidades européias por ser reconhecido como um ônibus urbano de produção muito ligeira. Sua configuração interna permitirá o transporte de até 140 passageiros, no caso, 6 passageiros por m2. A engenharia da VDL ainda destaca no aspecto externo do modelo, inovador e futurista, uma combinação perfeita para esse projeto de vanguarda. A entrega da primeira unidade está marcada para o final deste ano, sendo que a última deverá sair da linha de produção em maio de 2010.
* Na definição do professor Willian Záccaro Gomes, do portal Brasilh2, supercapacitores significam dispositivos cuja função é armazenar energia elétrica. São capazes de armazenar grandes quantidades dessa energia através de um campo elétrico. Os supercapacitores são capacitores do tipo eletrolítico com dupla camada elétrica (EDLC - Electric Double Layer Capacitor) e têm a característica de armazenar uma quantidade de energia elétrica muito maior que os capacitores convencionais, daí a sua designação por supercapacitores ou ultracapacitores. "Em comparação com as baterias, os supercapacitores apresentam a vantagem de armazenar (carregar) e liberar (descarregar) a energia elétrica em velocidades muito elevadas, o que os torna muito adequados às aplicações de frenagem regenerativa, por exemplo. Isso porque na frenagem regenerativa o veículo freia rapidamente e a energia gerada por essa frenagem deve ser prontamente absorvida pelo sistema de armazenamento da energia, o que faz o veículo parar. Durante a arrancada (aceleração) é hora do sistema liberar rapidamente essa energia acumulada, colocando o veículo em movimento de forma eficiente", disse ele.
Além disso, há a vantagem do tempo de carga e descarga dos supercapacitores, que são capazes de se carregar e se descarregar por centenas de milhares de vezes sem perder a sua capacidade de armazenamento (já as baterias perdem a capacidade de carga gradativamente e tem um número de ciclos limitado na casa das milhares de operações). "A principal desvantagem é que durante a carga e a descraga a tensão elétrica que os capacitores produzem varia, o que exige uma eletrônica adicional para contornar essa característica e promover tensão estabilizada na alimentação do motor", concluiu o professor Gomes.
Também há o factor segurança, já que capacitores não vazam em caso de colisão, além do peso e da facilidade com que podem ser arranjados dentro do veículo. Armazenamento directo, sem transformações químicas de electricidade, é que tornará o carro eléctrico o veículo que os filmes de ficção nos prometeram.
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