segunda-feira, 16 de março de 2009

Sistemas urbanos


O PRIMEIRO BRT CARIOCA


Por Antonio Ferro

Rio de Janeiro investe no projeto de seu primeiro sistema de ônibus com vias exclusivas.


A região metropolitana do Rio de Janeiro engloba 20 municípios e 11 milhões de habitantes, cerca de 75% daquele estado, que realizam 19 milhões de viagens ao dia, sendo 12 milhões de viagens motorizadas. O ônibus é responsável por 71 % desses deslocamentos. Esses números, por si próprios, comprovam que a capital fluminense, que disputa com outras cidades mundiais o direito de realizar os Jogos Olímpicos de 2016 e como uma das cidades sedes da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, necessita urgentemente transformar o seu sistema de transporte urbano sobre pneus. Para isso, a prefeitura carioca, o Governo do Estado e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) assinaram no fim de janeiro passado um convênio para a elaboração do projeto básico e arquitetônico do corredor de ônibus da Avenida Brasil, principal via de acesso ao centro da cidade dos deslocamentos oriundos das zonas Norte, Oeste e Baixada Fluminense.



Segundo dados da Secretaria Estadual de Transportes do Rio de Janeiro (SETRANSRJ), os congestionamentos no Grande Rio geram R$ 12 bilhões ao ano de prejuízos ao erário estadual. “O corredor vai servir para racionalizar todo o tráfego da Av. Brasil, a via mais movimentada da cidade, que por dia recebe mais de 250 mil veículos e de 800 mil passageiros/dia (entre ônibus, carro, taxi etc..). Por hora, são 1.800 ônibus de 122 linhas, em média”, observou Julio Lopes, secretário estadual dos transportes. Com o novo sistema BRT (Bus Rapid Transit) da Avenida Brasil, a quantidade de ônibus será reduzida significativamente, uma vez que o sistema será interligado, com estações complementares alimentando os ônibus que circulam no corredor principal. O projeto inicial deverá ficar pronto em 11 meses e custará, segundo informações da SETRANSRJ, US$ 1,75 milhões. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai financiar U$ 1,5 milhão, a fundo perdido. O estado irá completar o restante.

O BRT carioca terá seu trecho inicial no entroncamento da Rodovia Presidente Dutra, com a Avenida Brasil, no trevo das Margaridas e seguirá por via exclusiva até o Terminal Américo Fontenelle, no centro do Rio. “Essa parceria entre estado e prefeitura vai permitir uma renovação da Av. Brasil. Teremos novos e modernos terminais, com isso toda a extensão da via será revitalizada, fora os congestionamentos, que praticamente acabarão”, esclareceu o secretário Julio Lopes.


Fotos - SETRANSRJ

Os benefícios do BRT/Rio de Janeiro

População beneficiada: 3,5 milhões de pessoas.
Racionalização do tráfego.
Integração dos ônibus intermunicipais com o metrô e os trens.
Reestruturação de todo sistema de tráfego das regiões atendidas.
Novos e modernos terminais.
Melhoria das condições de conforto dos passageiros.
Diminuição dos tempos de viagens.
Retomada das perdas de demanda atribuídas ao transporte clandestino.
Revitalização do entorno da av. Brasil.
Redução dos níveis de comprometimento ambientais, sobretudo a poluição aérea.
Fonte - SETRANSRJ

2 comentários:

  1. Nossa...no Rio precisa ser feito uma repaginada total...a cidade quer ser sede e oferecer péssimo sistema de linhas e veículos de baixa qualidade...vide o excesso de onibus com motor dianteiro...q são desconfortaveis e nao pertencem ao nivel internacional a q as competições nas quais a cidade quer sediar.

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  2. As estações complememntares que alimentarão os veículos das linhas principais tem que ser muito estudadas porque a outra ponta do caminho, ou seja, o ponto inicial de coleta de passageiros na baixada fluminense ou nos subúrbios em muitos casos não tem sequer pavimentação e certas "avenidas principais" destes lugares não tem condição física nem para passarem os micros. Outro detalhe é o seguinte: o usuário em geral que pensamos ser o principal interessado, não importando benefícios ambientais e toda a conversa, tem condições para pagar 1 passagem de ida e 1 passagem de volta, será que teria "disposição financeira" para bancar a passagem das linhas alimentadoras + a linha principal para chegar ao seu destino? O planejamento deveria ser de uma forma atraente para convencer novos clientes, que seriam os atuais usuários particulares de automóveis, promovendo assim a redução da circulação de veículos particulares, estes sim acabam sendo os verdadeiros vilões do ambiente, porque raramente estão transportando a capacidade média de passageiros que foram projetados e soltando os gases danosos e atravancanbdo o trânsito transportando apenas 1 ou 2, como se fosse a capacidade de uma moto. Um abraço.

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