terça-feira, 31 de março de 2009

Rápida


SEGURANÇA PELO BEM DO USUÁRIO


Por Antonio Ferro


A Viação Sorriso de Minas, concessionária do transporte urbano da cidade de Uberlândia, criou uma campanha com dicas sobre segurança para seus usuários visando o melhor atendimento em todas as suas linhas que percorrem 22 bairros do setor oeste da cidade mineira. As orientações de segurança estão nos adesivos fixados em seus ônibus. De acordo com a técnica de segurança do trabalho, Marielle Curi, os usuários estarão se protegendo evitando ficar perto das portas e segurando com as duas mãos nas barras. Os atos inseguros são os principais responsáveis pelas quedas acidentais. Cobradores e motoristas também recebem constantes treinamentos para proporcionar uma viagem mais segura. "Trabalhamos muito as palestras educativas, principalmente para o atendimento aos idosos, portadores de necessidades especiais e embarque e desembarque de cadeirantes", destacou Marielle. A Viação Sorriso de Minas opera em Uberlândia desde o dia 15 de junho no ano passado, quando assumiu as linhas urbanas na cidade, trazendo como novidade 96 ônibus novos (zero km) e com total acessibilidade.


Divulgação

segunda-feira, 30 de março de 2009

Rápida



ATLÉTICO PARANAENSE
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RECEBE SEU NOVO ÔNIBUS


Por Antonio Ferro


Fotos - Divulgação

Um ônibus feito sob medida foi entregue na semana passada ao Clube Atlético Paranaense, que comemorou seus 85 anos de história no futebol brasileiro. Produzido pela Busscar e equipado com chassi 18.320 EOT da Volkswagen Caminhões e Ônibus, o veículo é um dos ônibus integrantes da parceria entre a montadora e 11 clubes brasileiros de futebol. A carroçaria Busscar, modelo Vissta Buss Elegance, entregue ao Atlético Paranaense está equipada com 36 Poltronas de couro premier Leito Turismo Super Pullman, cama para ser usada como maca no final do corredor, ar condicionado, calefação, sistema de DVD com 04 monitores de LCD15 ", sanitário, mesas de jogos no final do salão e mesa para lanche nas costas (espaldar) das poltronas.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Rápida



100% MARCOPOLO NA SOGAL

Por Antonio Ferro
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Os usuários do transporte coletivo de Canoas (RS) contam com novos ônibus em seus deslocamentos diários. A Sogal, operadora do sistema urbano daquele município, recebeu em março 64 novos veículos, todos produzidos pela encarroçadora Marcopolo. Aliás, a transportadora possui uma frota com 139 ônibus, sendo 100% produzidos pela encarroçadora gaúcha. Das 64 novas unidades, 34 são do modelo Torino, com chassis Volkswagen, e 30 (10 carroçarias do Senior Midi e outros 20 micro-ônibus Senior) com poltronas altas, janelas panorâmicas, ar condicionado e apenas uma porta, que serão operados no serviço seletivo. De acordo com a diretoria da Sogal, os novos veículos fazem parte das perspectivas da empresa para a excelência operacional, contando com uma equipe dinâmica e eficiente, a experiência no segmento e a capacidade de quem busca o bem coletivo e segundo Paulo Corso, diretor de operações comerciais para o mercado brasileiro, a Marcopolo tem uma tradicional parceria com a empresa, construída ao longo de muitos anos. “Os modelos escolhidos, Torino, Senior e Senior Midi, proporcionam menor custo operacional, maior valor de revenda e baixa manutenção, características fundamentais para os empresários do setor de transporte urbano de passageiros, além de maior conforto ao usuário”, disse ele.


Imagens - Foto Traço

segunda-feira, 23 de março de 2009

Rápida



REPUBLICA DOMINICANA
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COMPRA ÔNIBUS BUSSCAR


Por Antonio Ferro



A OMSA – Oficina Metropolitana de Servicios de Autobuses – operadora pública do transporte coletivo de Santo Domingo, República Dominicana, está recebendo as primeiras 102 unidades do modelo urbano Urbanuss Pluss, produzido pela marca catarinense Busscar, de um total de 300 unidades, sendo 270 do modelo convencional e 30 de articulados. Os novos ônibus possuem 13,30 m de comprimento na versão convencional e 18,27 m no modelo articulado. Além disso, as carroçarias ainda contam com sistema de ar condicionado. As unidades receberam chassis Mercedes Benz nas versões O500 M e O500 MA. A direção da Busscar Ônibus revela que é muito importante para a sua marca fazer parte da renovação e modernização do transporte urbano público que é referência para toda a região Centro Americana e Caribe. A OMSA foi criado pelo governo dominicano em 1997.

Fotos - Busscar

quinta-feira, 19 de março de 2009

Pneus


Novo pneu para o transporte urbano


Por Antonio Ferro
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Após a união com a Bandag, o que gerou um novo modelo de negócios na área de transporte, o BBTS – Bridgestone Bandag Tire Solutions – a Bridgestone Brasil lança um novo modelo de pneu para ônibus urbano.


Desenvolvido para as severas condições operacionais no segmento do transporte urbano de passageiros, o novo modelo de pneu R155 é a mais uma novidade da unidade brasileira da Bridgestone para equipar os ônibus urbanos. De acordo com a empresa, esse novo pneu apresenta desempenho superior no quesito durabilidade, rodando 35% a mais do que modelos da geração anterior. O novo modelo foi testado em 20 cidades brasileiras, sob diferentes condições operacionais. “Estamos testando o pneu R155 em nossa frota e já na primeira vida o produto mostrou excelentes resultados. A qualidade da carcaça e o reforço de talão ficam evidentes na primeira recapagem. Além disso, o R155 rodou 35% a mais do que o pneu usado anteriormente”, disse Walter Ferrari Riva Júnior, Consultor Técnico da Viação Sambaíba, empresa que faz o transporte urbano na região Norte de São Paulo (SP).


A banda de rodagem do novo R155, segundo informações da Bridgestone, tem maior volume de borracha proporcionado por uma relação entre a largura da banda de rodagem e profundidade dos sulcos superior à dos produtos concorrentes, somado ao desenho e compostos adequados para as mudanças de direção e ao constante pára e anda do trânsito urbano. “O R155 possui maior volume de borracha devido aos sulcos com 18,8 mm de profundidade e a banda de rodagem mais larga, o que garante o desgaste uniforme da banda e maior quilometragem. As laterais contam com filetes protetores que dão maior resistência e o talão e a carcaça são elementos reforçados”, revelou Eduardo Cassador, Gerente Nacional de Vendas Pneus de Carga da Bridgestone Bandag Tire Solutions (BBTS). Ainda como características, o R155 possui aro especialmente reforçado para suportar as elevadas temperaturas provocadas pelo regime de uso mais constante do sistema de freios e lateral reforçada para suportar o roçamento lateral e as flexões para superar obstáculos como buracos e meios-fios que o pneu tem de enfrentar.


Fotos - Bridgestone

O novo pneu já está disponível na medida 275/80 R22.5, mas a Bridgestone informa que em 2009 apresentará ao mercado doméstico a medida 295/80 R22.5. “O resultado da fusão de duas marcas – Bridgestone e Bandag – líderes em seus segmentos de atuação, a BBTS – Bridgestone Bandag Tire Solutions – oferece aos nossos clientes um conjunto completo de soluções, que são - pneus novos, recapagens e serviços exclusivos. Melhoramos as carcaças, pensando não só na venda do pneu, mas na recapagem. É o foco na solução”, concluiu Cassador.

terça-feira, 17 de março de 2009

Nostalgia



Viagem pelo passado dos Campos Gerais


Por Antonio Ferro

Localizadas nos Campos Gerais do Paraná, região conhecida por ter em sua em sua mata nativa a Araucária (a árvore símbolo daquele estado), as cidades de Ponta Grossa e Guarapuava foram as bases para a criação do Expresso Princesa dos Campos em 1934. Em plena época de expansão comercial, na exploração de novas e férteis terras e na criação de novos municípios no estado, a Princesa dos Campos atuou como agente indutor do crescimento daquela região, transportando em seus primeiros veículos – dois automóveis da marca Ford (1931 e 1934) – as pessoas que ali chegavam com o intuito de aproveitar as oportunidades da colonização de um dos mais importantes estados brasileiros. Eram tempos difíceis, em que não existiam infra-estruturas adequadas para o transporte. Tudo era feito em picadas, abrindo estradas de chão batido, enfrentando, buracos, poeira e lama.

Com o desenvolvimento acelerado da região, a Princesa dos Campos acompanhou essa evolução de modo a se tornar uma das mais respeitadas empresas de transporte de passageiros do Brasil. Segundo informações da transportadora, ela foi a primeira empresa no Paraná a obter seu número de registro no Departamento de Estradas e Rodagens do Paraná (Reg. D.S.T.C./PR Nº 1). Dos automóveis, passando pelas rústicas jardineiras, acompanhando o início da indústria automobilística em nosso país até chegar hoje, com os mais modernos ônibus aqui produzidos, acompanhe abaixo a trajetória dessa empresa paranaense através da revolução tecnológica de seus veículos.


Início em tempos difíceis na expansão do estado do Paraná. A lama, a poeira e os buracos eram companheiros constantes.


O transporte daquela época poderia ser considerado uma aventura com a operação das jardineiras. Pessoas dentro e carga no teto.


A infra-estrutura viária sofre uma enorme transformação com a chegada do asfalto no começo da segunda metade do século 20.


Na falta de uma indústria nacional de ônibus, a opção era pelos modelos norte-americanos, com seus veículos específicos ao transporte de passageiros, como este GM Coach PD 2903.


A unidade brasileira da GM desenvolveu para o mercado nacional, no começo dos anos 50, o modelo ODC 210, considerado o primeiro ônibus brasileiro com características próprias para o serviço.


Outro modelo produzido pela General Motors do Brasil. Este modelo – Chevrolet Coach Brasil - era uma versão menor do ODC 210, por isso ficou conhecido como “Coachinho”.


Em época de grafia peculiar, o Expresso Princeza dos Campos crescia com o avanço das cidades, como mostra esta propaganda de 1951.



Década de 1960 – novos ônibus, como estes monoblocos Mercedes Benz O-326, contribuíram na rapidez e no conforto das viagens.


Novos modelos de ônibus são lançados, como estas duas versões da carroçaria Diplomata, com chassis Mercedes Benz.


Nos anos 70 e 80 os ônibus rodoviários ganham novos aspectos e equipamentos, como o terceiro eixo.


Nos dias de hoje, a Princesa dos Campos possui em sua frota os mais modernos ônibus do Brasil.
Fotos gentilmente cedidas pela Princesa dos Campos.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Sistemas urbanos


O PRIMEIRO BRT CARIOCA


Por Antonio Ferro

Rio de Janeiro investe no projeto de seu primeiro sistema de ônibus com vias exclusivas.


A região metropolitana do Rio de Janeiro engloba 20 municípios e 11 milhões de habitantes, cerca de 75% daquele estado, que realizam 19 milhões de viagens ao dia, sendo 12 milhões de viagens motorizadas. O ônibus é responsável por 71 % desses deslocamentos. Esses números, por si próprios, comprovam que a capital fluminense, que disputa com outras cidades mundiais o direito de realizar os Jogos Olímpicos de 2016 e como uma das cidades sedes da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, necessita urgentemente transformar o seu sistema de transporte urbano sobre pneus. Para isso, a prefeitura carioca, o Governo do Estado e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) assinaram no fim de janeiro passado um convênio para a elaboração do projeto básico e arquitetônico do corredor de ônibus da Avenida Brasil, principal via de acesso ao centro da cidade dos deslocamentos oriundos das zonas Norte, Oeste e Baixada Fluminense.



Segundo dados da Secretaria Estadual de Transportes do Rio de Janeiro (SETRANSRJ), os congestionamentos no Grande Rio geram R$ 12 bilhões ao ano de prejuízos ao erário estadual. “O corredor vai servir para racionalizar todo o tráfego da Av. Brasil, a via mais movimentada da cidade, que por dia recebe mais de 250 mil veículos e de 800 mil passageiros/dia (entre ônibus, carro, taxi etc..). Por hora, são 1.800 ônibus de 122 linhas, em média”, observou Julio Lopes, secretário estadual dos transportes. Com o novo sistema BRT (Bus Rapid Transit) da Avenida Brasil, a quantidade de ônibus será reduzida significativamente, uma vez que o sistema será interligado, com estações complementares alimentando os ônibus que circulam no corredor principal. O projeto inicial deverá ficar pronto em 11 meses e custará, segundo informações da SETRANSRJ, US$ 1,75 milhões. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai financiar U$ 1,5 milhão, a fundo perdido. O estado irá completar o restante.

O BRT carioca terá seu trecho inicial no entroncamento da Rodovia Presidente Dutra, com a Avenida Brasil, no trevo das Margaridas e seguirá por via exclusiva até o Terminal Américo Fontenelle, no centro do Rio. “Essa parceria entre estado e prefeitura vai permitir uma renovação da Av. Brasil. Teremos novos e modernos terminais, com isso toda a extensão da via será revitalizada, fora os congestionamentos, que praticamente acabarão”, esclareceu o secretário Julio Lopes.


Fotos - SETRANSRJ

Os benefícios do BRT/Rio de Janeiro

População beneficiada: 3,5 milhões de pessoas.
Racionalização do tráfego.
Integração dos ônibus intermunicipais com o metrô e os trens.
Reestruturação de todo sistema de tráfego das regiões atendidas.
Novos e modernos terminais.
Melhoria das condições de conforto dos passageiros.
Diminuição dos tempos de viagens.
Retomada das perdas de demanda atribuídas ao transporte clandestino.
Revitalização do entorno da av. Brasil.
Redução dos níveis de comprometimento ambientais, sobretudo a poluição aérea.
Fonte - SETRANSRJ
Nostalgia


Quando viajar de ônibus era valorizado




As peças publicitárias referentes ao transporte rodoviário de passageiros tiveram ênfase durante as décadas de 60 e 70 do século passado. Era muito comum encontrar nas revistas especializadas ou de variedades daquela época um tipo de marketing não mais visto nos dias atuais. Como é o caso destas duas propagandas do extinto DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) em que focam os benefícios das viagens de ônibus em nosso país. O ônibus visto como “o melhor carro das estradas” e quanto de economia podia proporcionar aos seus usuários. Bons tempos de valorização do transporte.


Fotos - Coleção Tony Belviso

sexta-feira, 13 de março de 2009

Nota
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INDUSCAR CONCLUI A AQUISIÇÃO DA MARCA CAIO
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Por Antonio Ferro
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Em dezembro de 2000, a encarroçadora Caio fechou suas portas e decretou a falência, marcando o fim de uma das mais tradicionais empresas do setor de carroçarias para ônibus em nosso país. Pouquíssimo tempo depois, um grupo de empresários do ramo de transportes coletivos, por meio da empresa Induscar – Indústria e Comércio de Carrocerias Ltda, assumiu o parque fabril e o direito de uso da marca, retomando o curso de empresa. E nesta sexta-feira, 13 de março, houve o leilão das instalações e da marca Caio, para posse em definitivo. Em uma disputa com outros concorrentes interessados pela marca, a Induscar saiu-se vencedora com a aquisição da marca e as instalações de Botucatu/SP. Atualmente, a Induscar temcom capacidade de produção de até 40 carrocerias por dia. Ela produziu em 2008 7964 carrocerias, empregando cerca de 3000 colaboradores.
Nostalgia


PIONEIRISMO NO ANDAR DE CIMA


Por Antonio Ferro


O que hoje virou sinônimo de sofisticação nas estradas brasileiras, há alguns anos era apenas um protótipo com grande tendência de tirar o fôlego de empresários e passageiros. O modelo Gemini é considerado o precursor do ônibus rodoviário com dois andares em nosso país.

O ano era 1989, quando no 6º. Salão Internacional do Transporte (conhecido como Brasil Transpo), foi apresentada uma carroçaria inovadora e inusitada, porque não dizer, pois ainda não havia nada de igual no segmento brasileiro de transporte rodoviário de passageiros. Era o Gemini, produzido pela extinta encarroçadora Thanco, de Guarulhos (SP), pioneira também na produção de um modelo urbano double decker para a cidade de São Paulo. Apesar de não ser a primeira operação com um ônibus de dois andares em nosso país – o princípio com esse tipo de veículo ocorreu na cidade do Rio de Janeiro na década de 20 com algumas unidades importadas da Inglaterra – o fato é que podemos destacar a sua aparição no cenário nacional como uma tentativa de modernizar o sistema rodoviário naquela época, pois contávamos apenas com modelos convencionais, que não ofereciam nenhuma inovação em termos de conforto, visão panorâmica e versatilidade operacional.


Apresentação do Gemini no Transpo Brasil 89
Foto - arquivo Scania do Brasil

A idéia com o novo ônibus era operá-lo na linha São Paulo – Rio de Janeiro, a ponte rodoviária, num percurso com mais de 400 km, com possibilidade na redução de até 50% no gasto com combustível, transportando, em um único veículo, 80% a mais de passageiros que um modelo convencional. Com essas vantagens, a Thanco esperava cair nas graças de operadores e passageiros. Mas isso não aconteceu, pois as normas brasileiras para a fabricação de ônibus engessavam qualquer tentativa de modificar o conservador modo de transportar passageiros em ônibus por nossas estradas. Somente 10 anos depois é que um outro modelo com dois andares ressurgiria e começasse a transformar o panorama dos ônibus nacionais.

Já naquela época a preocupação com a segurança dos passageiros, com o uso de cintos de segurança.
Foto - reprodução da extinta Revistur

Além dos dois pavimentos, o Gemini lançou moda com outras inovações, como o arranjo interno em seu salão de passageiros, sendo possível oferecer dois tipos de serviços – leito no andar inferior e executivo no superior ou uma categoria luxo, com alto grau em conforto e segurança, como a instalação de uma sala de jogos, de estar ou até um pequeno bar no 1º. piso (1,80 m de altura) e poltronas requintadas no 2º. pavimento (1,70 m). A qualidade dos serviços era um impulso significativo para que o Gemini ganhasse estrada. Dentre as suas principais características construtivas era destaque a estrutura, construída com perfis de aço carbono na base, laterais e teto, revestida de alumínio (teto e laterais) e fibra de vidro (frente e traseira). A carroçaria possuía 13,20 m de comprimento e em sua configuração normal podia ser equipada com 76 poltronas (20 no piso inferior e 56 no superior), além de um amplo wc instalado ao lado da escada de acesso ao andar superior, que promovia uma privilegiada visão externa.

Visual imponente
Foto - reprodução da extinta Revistur

Dotada do chassi Scania K112 TL, versão 6x2, com motor DSC 11 desenvolvendo 333 cv, caixa de transmissão com 5 velocidades e suspensão pneumática em todos os eixos, a carroçaria Gemini possuía 4,26 m de altura, dimensão que causou polêmica no DNER, então órgão que editava as regras para a fabricação de ônibus rodoviários. O projeto Gemini ainda seguiu uma série de procedimentos de acordo com os mais modernos conceitos brasileiros de ergonomia encontrados naquela época, além de estar em harmonia com as principais normas externas. Se o Gemini Thanco não obteve sucesso operacional por estar fora dos parâmetros máximos dos modelos brasileiros de carroçarias, ele ficou reconhecido pela ousadia em provocar as primeiras modificações no ônibus brasileiro, transformando-se em um objeto de inspiração para outras marcas encarroçadoras, em outros tempos.


Arquivo Paulo Valiete


A versão urbana

Dois anos antes do lançamento do Gemini, a paulista Thanco, atendendo à um pedido incomum da prefeitura paulistana, então administrada por Jânio Quadros, produziu para a CMTC (Companhia Municipal de Transporte Coletivo) o modelo ODA (Ônibus Dois Andares), que logo foi apelidado de “fofão” e “dose dupla”. A Scania também foi a fornecedora do chassi K112 nessa parceria. A sua versão urbana não passou de uma aventura, talvez como resultado de uma utopia do ex-prefeito paulistano para dar ares londrinos à metrópole paulistana. Uma ressalva – esse modelo de ônibus também foi utilizado em Goiânia, Recife, Uberlândia e Osasco. Hoje, as cidades brasileiras de Curitiba, Manaus e Salvador redescobriram que esse tipo de veículo pode se converter em sucesso nas suas linhas e rotas turísticas.

São Paulo - tentativa fracassada com a versão urbana.
Foto - arquivo Scania do Brasil

quarta-feira, 11 de março de 2009

Marketing



GOL DE PLACA VOLKSBUS




Por Antonio Ferro


Montadora apresenta sua inovadora estratégia de marketing em parceria com alguns dos principais clubes brasileiros de futebol.


Alguns dos principais times de futebol do Brasil que irão receber novos ônibus Volksbus já formaram muitos craques que se destacaram e ainda são relevantes aqui e em outros paises. A forma como eram transportados os atletas dos respectivos clubes até pouco tempo mostrava que utilizavam veículos próprios, antigos e de segunda mão, ou então no uso do serviço de fretamento, uma maneira de dispensar a manutenção de uma frota ou um ônibus, que seja, não se distanciando de seu foco principal. Porém, em uma atitude inédita, a Volkswagen Caminhões e Ônibus resolveu inovar no setor de transportes oferecendo à um grupo de clubes de futebol o seu chassi rodoviário 18.320 EOT encarroçado com diversas marcas de carroçarias brasileiras. “Apoiamos o futebol por ser o esporte mais praticado e assistido do mundo, o que é muito interessante nossa imagem estar ligada a esses fatores”, revelou Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus. De acordo com a empresa, para maior comodidade na condução dos novos veículos, alguns dos chassis 18.320 EOT foram equipados com a transmissão automática.

Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus

Essa proposta de marketing da Volkswagen surgiu em 2007, quando foi oferecido um ônibus exclusivo para o Sport Club Corinthians. Como a equipe era transportada por veículos muito antigos, denominados Mosqueteiro, a montadora viu nesse momento uma oportunidade para revelar sua conceituada imagem à todo público, disponibilizando um modelo 18.310 com carroçaria Irizar. “Estamos investindo em uma grande campanha de imagem em que o ônibus passa a ser um outdoor ambulante. Depois do sucesso com a exposição do veículo do Corinthians, resolvemos estender à mais dez clubes o nosso conceito esportivo”, disse Ricardo Barion, gerente de marketing da Volkswagen. Além do time paulista, Santos, São Paulo, Grêmio e Internacional, Flamengo e Vasco da Gama, Atlético Paranaense, Goiás, Sport e Náutico, foram os contemplados com os ônibus personalizados.


E para ser uma campanha diferencial, os novos ônibus não poderiam deixar de ser especiais. Cada clube teve a liberdade de escolher a customização dos acabamentos internos de acordo com suas necessidades, inclusive com as cores tradicionais de cada um imprimidas nesses ambientes. As encarroçadoras Busscar, Comil, Irizar e Marcopolo disponibilizaram seus modelos rodoviários dentro de todas as exigências feitas pelos clubes, como a instalação de frigobar, televisores de LDC, sistema som, poltronas de couro (alguns veículos contam com poltronas especiais para o atendimento dos jogadores contundidos e dois ambientes), mesas para jogos, armários, wc, etc. A montadora informa que os novos ônibus foram fornecidos por meio de um contrato de comodato com duração de dois anos. “Disponibilizamos os ônibus através de comodato, onde os clubes não investiram nada, somente participaram na escolha de cada ambiente interno das carroçarias, de acordo com suas necessidades”, revelou Barion.


Externamente, cada ônibus recebeu uma identidade visual caracterizada com as cores de cada clube. A montadora possibilitou aos torcedores de Corinthians, Santos, Flamengo, Vasco da Gama e Internacional a escolha da pintura desses novos veículos através de um site, onde votavam em uma das três opções oferecidas em termo de layout da pintura. “Procuramos interagir com os torcedores dos clubes envolvidos em nossa campanha possibilitando a escolha de identidade visual em cada veículo. Através da internet, em 17 dias, registramos mais de 100.000 votos”, enfatizou Cortes. Os internautas também participaram do concurso Craque de Idéias, onde o torcedor criava uma frase com a palavra Volksbus ligada ao nome de seu time. Foram enviadas 21 mil frases, com premiação de camisas autografadas para as cinco melhores. A Volkswagen Caminhões e Ônibus também patrocina o Resende Futebol Clube, time de sua cidade sede. Como destaque, a equipe ficou com o vice-campeonato da Taça Guanabara (1º. turno do campeonato carioca) de 2009.


As carroçarias

Busscar (Atlético Paranaense, Goiás e Flamengo) - modelo Vissta Buss Elegance

Comil (Vasco da Gama) – modelo Campione Vision 3.65

Irizar (Corinthians, Náutico, Santos e Sport) – modelo Century Premium com 34 poltronas leito turismo, ar condicionado climatizado, calefação, DVD com 01 monitor de 21" + 03 de LCD15", porta e banheiro central, cama com maca para atender aos jogadores que necessitam de atendimento especial e salão em dois ambientes.

Marcopolo (Internacional e Grêmio) – modelo Paradiso 1200

* A carroçaria do São Paulo Futebol Clube até este momento não foi definida.

Curiosidades

O PIB esportivo nacional representa 2% do PIB geral brasileiro. O segmento esportivo movimenta cerca de R$ 2 bilhões anualmente.

82% da população brasileira torce para algum time.

Os clubes mineiros Atlético Mineiro e Cruzeiro não participaram da estratégia de marketing da Volkswagem por serem patrocinados por uma marca de automóveis concorrente.

Por apenas uma cor, quase que a parceria com o clube gaúcho Internacional não sai. É que o fundo azul do logotipo da Volkswagen que estampa as carroçarias dos novos ônibus lembra o rival Grêmio e isso era inaceitável para o Inter. A exigência da mudança fez com que a cor preta ficasse no lugar da tradicional azul e os panos quentes acalmaram a situação.













Fotos - Volkswagen Caminhões e Ônibus

sexta-feira, 6 de março de 2009

Negócios



Otimismo e cautela redobrada, a estratégia da Marcopolo para 2009



Por Antonio Ferro


No ano em que completará seis décadas de operação, a gaúcha Marcopolo enxerga uma oportunidade para que seu crescimento se mantenha dentro dos parâmetros futuros desenhados por sua administração, apesar das incertezas do cenário conturbado pela crise econômica mundial. Após divulgar seus resultados através do Relatório da Administração e das Demonstrações Financeiras do exercício de 2008 para todos os seus acionistas, a expectativa é atingir uma receita líquida de R$ 2,6 bilhões e produzir 23.000 carroçarias, através de suas plantas no Brasil e no exterior. “Com o arrefecimento do mercado interno, aliado à queda das exportações, a indústria terá que se adequar rapidamente a novos patamares de produção, cujos efeitos serão sentidos principalmente nos primeiros meses de 2009. Ainda que a maioria dos analistas de mercado estime a estabilização econômica e a retomada do crescimento a partir da segunda metade deste ano, as estimativas de evolução do PIB brasileiro em 2009 convergem para um número bastante conservador, abaixo de 2,0%”, disse Carlos Zignani, diretor de relação com investidores da Marcopolo.

Zignani - Perspectiva positiva, mas com cautela para enfrentar a crise em 2009

Mas isso não está sendo encarado como uma barreira no crescimento da marca de Caxias do Sul (RS). A encarroçadora possui treze unidades fabris, sendo quatro no Brasil (três em sua cidade sede e outra em Duque de Caxias - RJ) e nove no exterior (México, Colômbia, Portugal e África do Sul), além das joint ventures na Rússia, na Índia e no Egito, esta última ainda em fase de implantação com previsão de início de operação em julho de 2009. Mantém ainda participação relevante nas empresas SAN MARINO/Neobus (carrocerias para ônibus), SPHEROS (climatização e ar condicionado), WSUL (espumas para assentos), METALPAR da Argentina (carrocerias de ônibus) e na MVC - Componentes Plásticos Ltda. Em 2008, ela teve como market share 32,9% da produção de ônibus no Brasil, num universo de 31.531 carroçarias fabricadas aqui (dados Fabus). Para a Marcopolo, apesar dos números tão significativos na produção de carroçarias para ônibus, a frota brasileira de ônibus apresenta uma idade média avançada, aquém do que um país com dimensões continentais necessita em termos de transporte de passageiros. “Entendemos também que há uma necessidade urgente de implementação de projetos de transporte coletivo urbano a fim de melhorar o escoamento do trânsito nas grandes cidades brasileiras e de renovação de frotas, visando retirar de circulação ônibus ultrapassados substituindo por novos modelos, que dispõem de mais conforto, segurança e causam menor impacto ao meio ambiente”, destacou Zignani.

Prestes a comemorar 60 anos, a Marcopolo quer se fortalecer ainda mais neste ano

Em 2009, a empresa segue confiante nos bons resultados de seus negócios. São vários os cenários positivos previstos pela empresa: o transporte coletivo seguirá sendo o meio predominante nos países de grande densidade populacional e de baixo poder aquisitivo; a idade média avançada da frota de ônibus, tanto no Brasil como nos países em desenvolvimento, necessariamente resultará em uma renovação gradativa; no mercado interno, a volta do financiamento do BNDES de 100,0% para aquisição de ônibus, em um primeiro momento até 31 de março, e o aquecimento do setor de turismo, estimulado ainda mais pela desvalorização do Real, impulsionarão a demanda; ainda, o novo pregão eletrônico do projeto governamental “Caminhos da Escola”, finalizado em fevereiro, proporcionou à Marcopolo um lote de 2.220 unidades do modelo Volare, participar indiretamente de 1.110 unidades de sua coligada Neobus, além de encarroçar parte do lote da VWCO. Após cadastramento das prefeituras, os veículos deverão ser entregues até dezembro deste ano. No que tange o mercado externo, a desvalorização cambial da moeda brasileira continuará trazendo maior rentabilidade às exportações da Companhia.

Fotos - Marcopolo

Na questão de custos de produção e das matérias-primas, segundo a empresa, a alta dos preços das commodities metálicas e dos derivados de petróleo foi interrompida, o que sinaliza uma oportunidade muito bem-vinda neste momento. “A forte demanda por estes produtos ao longo dos últimos anos, basicamente devido à expansão da economia chinesa, levou os preços das commodities a níveis jamais vistos e, consequentemente, comprimiu as margens da Marcopolo. Atualmente, em função do desaquecimento econômico global, há uma menor pressão de custos”, completou o executivo da Marcopolo. Quanto a produção de peças e componentes para atender às suas subsidiárias no exterior, a empresa adotou um processo flexível nesse setor, na qual a fabricação desses elementos pode ser no Brasil e depois exportados ou comprados diretamente de fornecedores locais, o que traz uma enorme vantagem competitiva para a companhia.

Os destaques da Marcopolo

A receita líquida consolidada de 2008 atingiu R$ 2.532,2 milhões, 20,5% superior aos R$ 2.101,1 milhões do exercício de 2007.

A produção mundial da Companhia no exercício de 2008 foi de 21.811 unidades contra 17.807 unidades em 2007, um crescimento de 22,5%. Deste total, 16.365 unidades foram produzidas no Brasil e as demais 5.446 unidades no exterior.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Exportação



Lição fora de casa


Por Antonio Ferro


Em São Bernardo do Campo, na grande São Paulo, encontra-se a planta da Mercedes Benz do Brasil, configurada como centro mundial de competência da Daimler AG para o desenvolvimento e a produção de chassis para ônibus. A marca ainda possui o seu maior CDT – Centro de Desenvolvimento Tecnológico – fora da Alemanha, onde desenvolve e testa os produtos e as tecnologias aplicadas a ônibus, caminhões e agregados. Entre os conceitos de qualidade encontrados em seus produtos, está a ampla e diversificada linha de ônibus que atende a todos os tipos de operadores, seja aqui no Brasil ou no mercado externo.

A primeira exportação ocorreu em 1961, com os pioneiros monoblocos O321 HL Stadt na versão urbana.
Fotos - Mercedes Benz do Brasil

Além de ser líder no mercado doméstico brasileiro, a Mercedes Benz também orienta sua atenção aos seus clientes externos, presentes em 50 paises pelo mundo. É a maior exportadora de ônibus e caminhões do Brasil. À eles são oferecidos 25 modelos básicos, desde chassis de miniônibus e articulados para transporte urbano até chassis para aplicações rodoviárias de longas distâncias. A montadora informa que seus chassis podem ser configurados em 73 versões, de acordo com diferentes tipos de motorização, câmbio, entreeixos e posição do posto do motorista. Ainda estão disponíveis mais de 400 itens opcionais, que asseguram ótimos níveis em desempenho, economia, segurança e conforto.

Desde 1961, quando iniciou suas exportações (as primeiras unidades foram para Buenos Aires, na Argentina), a Mercedes Benz do Brasil vem conquistando reconhecimento por ofertar produtos com a mais alta qualidade e confiabilidade no setor de transportes. Neste mês de março, a montadora superou seus limites e está comemorando a marca dos 160.000 ônibus exportados (número que compreende as exportações de monoblocos – veículos integrais, plataformas e chassis). O chassi que representa esse fato é o modelo O500 RSD, de um lote com seis unidades que seguiram para a empresa nigeriana Dan Dollars. Os veículos receberam carroçarias Paradiso 1200, da Marcopolo.

Em 2002 comemoração dos 100.000 veículos enviados. Os chassis de ônibus produzidos pela Empresa são exportados hoje para cerca de 50 países, tanto da América Latina, quanto de outros continentes.

Kay Wolf Ahlden, diretor de Vendas de Veículos Comerciais Mercado Externo da Mercedes-Benz do Brasil, afirmou que os clientes da marca alemã encontram suporte pós-venda, reposição de peças e a assistência técnica especializada, além das características de durabilidade, segurança e robustez encontradas em seus chassis. “Nós temos uma relação de longa data com nossos clientes externos, o que assegura a fidelidade aos nossos produtos e à nossa marca. Graças à longa experiência de quase meio século atendendo clientes nas mais diversas partes do mundo, nossa credibilidade é muito sólida em todos os mercados para onde enviamos os ônibus da nossa marca”, revelou o executivo. A Nigéria adquiriu nos últimos 3 anos 1.300 unidades de chassis e é um dos principais mercados para a montadora. De acordo com a Mercedes, naquele mercado africano destacam-se o chassi OF 1721 com motor mecânico para transporte urbano e os chassis O 500 com motor eletrônico para longas distâncias rodoviárias, utilizados na interligação entre cidades do próprio país e também com países vizinhos.

O chassi rodoviário O 500 RSD vendido para a empresa Dan Dollars, da Nigéria, representa esse marco histórico de venda.

Os números da Mercedes Benz em exportação nos últimos três anos comprovam a valorização de sua linha de ônibus. Foram mais de 29.000 chassis enviados, sendo 8.237 unidades para a Argentina, o maior comprador; 5.237 unidades para o mercado chileno; outros 4.114 chassis para o Egito, seguido pelo Peru com 1.707 unidades e Nigéria recebendo 1.298 chassis, dentre outros mercados de grande importância. Somente a linha rodoviária O500 alcançou o maior volume de vendas, com cerca de 9.000 unidades exportadas. “A linha de ônibus é continuamente desenvolvida para acompanhar a evolução de mercado no transporte de passageiros, bem como atender às demandas dos clientes, tanto em aplicações urbanas, quanto rodoviárias e de fretamento, o que inclui soluções para os sistemas de transporte coletivo de grandes cidades, especialmente na América Latina e no mercado africano”, concluiu Kay Wolf Ahlden.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Sistema Metropolitano



Governo Paulista completará a eletrificação no Corredor ABD


Por Antonio Ferro

Considerado uma referencia nacional e internacional no transporte urbano de passageiros, o Corredor Metropolitano ABD, que liga a zona sul da capital paulista (no bairro de Jabaquara) até o outro extremo da cidade, no bairro de São Mateus na zona leste, passando por três municípios da grande São Paulo – Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema, terá complementado seu sistema de eletrificação que permitirá a operação da tecnologia dos trólebus em seus 11 km de extensão (dos 33 totais) que não possuíam a infra-estrutura necessária. O trecho citado liga o terminal do Jabaquara ao de Piraporinha, na cidade de Diadema.



A EMTU – Empresa Metropolitana de Transporte Urbano – gerenciadora do corredor, informa que a empresa ou o consórcio vencedor da licitação pública executará as obras civis, montagens e serviços necessários para a instalação das redes elétricas de contato e de alimentação e estações retificadoras completas, testadas e em condições de receber os veículos trólebus para operação comercial. O custo estimado para a obra é de R$ 19,4 milhões e a execução deverá ter o prazo de 10 meses, a ser iniciada no primeiro semestre deste ano.

Fotos - Metra

O Corredor Metropolitano ABD é operado pela empresa Metra desde 1997. São 230 ônibus distribuídos em 13 linhas que atendem, em média, 5 milhões de passageiros por mês. Dessa frota, 78 veículos são trólebus modernos com dispositivos para a acessibilidade: 21 são de piso baixo, 46 Padron e 10 articulados. No futuro, o Corredor ABD, mais uma vez, incentivará o uso de uma das tecnologias mais limpas para o transporte público. O corredor foi projetado e construído na década de 80, sendo equipado com terminais e estações de parada dotados com visual moderno e arrojado e ainda na operação da bilhetagem eletrônica e de trólebus de ultima geração. Segundo a EMTU, os benefícios do uso do trólebus no transporte público são diversos, a contar pela contribuição ao meio ambiente com a redução em 100% das emissões de gás carbônico e da poluição sonora, além de propiciar mais conforto aos usuários com veículos mais modernos. O corredor também é conhecido por testar outras tecnologias alternativas em tração, como o sistema híbrido, o ônibus a etanol e dentro de mais algum tempo, a operação com o primeiro ônibus a hidrogênio do Brasil.